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Decorreu, nos dias 24 e 25 de março, a IV Missão de Cooperação Transnacional do projeto Smart-Eco, na ilha do Pico, subordinada ao tema 'Transição Digital e a sua importância no Ramo Empresarial'. Na sessão de abertura, que decorreu no Auditório da Madalena, o vice-presidente da Associação Comercial e Industrial da Ilha do Pico (ACIP), referiu que a ilha do Pico “é o novo ecossistema startup dos Açores” com três incubadoras criadas no período de 3 anos num território com 14 mil habitantes. Rui Veríssimo salientou que a dinâmica empresarial picoense é reconhecido em várias partes do mundo como se atesta em diversos setores como o vinho, a restauração, a hotelaria ou a construção civil sem esquecer o setor de serviços “reconhecidas na praça regional e nacional”. “Uma ilha como a nossa, ultraperiférica, precisa de pontes, de todas as pontes possíveis e imagináveis. E na realidade é isso que a transição e a transformação digital oferece e faz sonhar, criar pontes, quebrar barreiras, sejam elas económicas, turísticas, sociais, de saúde ou culturais”, reiterou. Agradeceu ainda a oportunidade do Pico estar envolvido neste evento esperando que com esta visita compreendam porque “quisemos estar envolvidos, participar e estar presentes” e que compreendam o potencial e benefícios da transição digital neste destino reconhecendo que são “necessários algumas infraestruturas para que possamos atingir todo o potencial da ilha”, nomeadamente, mais espaço cowork ou o ambicionado parque de exposições que acrescentariam mais valor à oferta do destino. Por outro lado, Rui Veríssimo apontou também o melhoramento das acessibilidades aéreas e a falta de uma marina num destino “como no Pico são pontos negativos identificados consistentemente e repetidamente pelos próprios investidores externos que se tem intensificado nos últimos anos” além das limitações do Porto Comercial, quer a nível de passageiros como de cargas. Mas, por seu turno, o dirigente associativo sublinhou que “se ainda existem estas necessidades de infraestruturação também há que dar os parabéns por tudo o que está bem feito no destino, fruto da visão de autarcas locais e do governo regional”. Neste contexto, o vice-presidente da ACIP frisou que o Pico é “um destino com boas comunicações e acessibilidades, certificado pela natureza, pela UNESCO, por especialistas turísticos, enólogos, chefes e jornalistas, com uma gastronomia rica e matérias-primas premium, onde a cultura é valorizada, preservada e transformada criando uma identidade única neste nosso mundo cada vez mais globalizado” acreditando que a transformação digital do tecido empresarial, das entidades públicas e das comunidades “são ponto fulcral para que a ilha atinja todo o seu potencial”. Além disso, Rui Veríssimo enalteceu que foi um prazer participar nos trabalhos que decorreram na ilha Terceira, no TERINOV, pelo trabalho desenvolvido naquele espaço. Da parte da manhã, o evento contou com as intervenções da vice-presidente da Câmara Municipal da Madalena, Catarina Manito, da presidente da Câmara Municipal das Lajes do Pico, Ana Brum e de Fábio Matos que falou sobre o papel da ACIP no apoio à inovação e digitalização das empresas. Da parte da tarde, o programa decorreu em São Roque iniciando com uma visita à incubadora de empresas Criar Tec. Já no Museu da Indústria Baleeira, as intervenções estiveram a cargo do secretário regional da Juventude, Qualificação profissional e Emprego, Duarte Freitas, do presidente da Câmara Municipal de são Roque do Pico, Luís Filipe Silva, de Roberto Lino (Azores X) e Rui Veríssimo (Lavaimagem). O evento contou com a participação de diversos representantes dos municípios e câmaras de comércio do espaço MAC – Madeira, Açores e Canárias – a que se juntaram países terceiros, como Cabo Verde, Senegal e a Mauritânia, permitindo uma profícua partilha de experiências e boas práticas entre os participantes, com perspetivas e projetos oriundos de diferentes geografias.
2022-04-19 10:55:46, por ACIP
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